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Cama Compartilhada

Então que aquela pessoa que antes de ser mãe torcia o nariz para a ideia de cama compartilhada e que sempre falava que quando tivesse filho ele iria dormir no cantinho dele, se tornou mãe e o que aconteceu? Pois é, paguei a língua e cá estamos nós compartilhando a cama e sendo felizes assim. eheheheh

A decisão da cama compartilhada aconteceu quase que naturalmente, depois de 40 dias de vida do Ben que voltamos para nossa casa, nas mamadas da madrugada o marido pegava o Benício, ele mamava, voltava pro berço, depois mamava e de 4 horas da manhã em diante não voltava mais e permanecia ali com a gente, no aconchego da nossa cama. Sem contar que quando ele estava no berço eu não conseguia relaxar, ficava levantando de minuto em minuto pra ver se estava tudo bem, se não estava com frio, se tava respirando (paranóia de mãe). Até que um dia não colocamos no berço, ja deixamos na cama com gente e dormimos maravilhosamente bem, o tempo foi passando e isso acontecendo todos os dias, até que eu resolvi assumir que estava totalmente dependente disso. Sim, não foi o Benício que ficou mal acostumado e sim a mãe dele. heheh
Marido também amou a ideia, porque ficou bem melhor pra ele que não precisa mais levantar para pega-lo no berço a cada mamada da madrugada. hehe
Está dando certo por aqui, amo dormir agarradinha , sentindo o cheirinho, amo a praticidade de não ter que levantar para amamentar, enfim, acho que cada um se adapta do jeito que achar melhor. Não sei por quanto tempo ficaremos assim, mas uma coisa é certa, essa fase vai passar como todas as outras, portanto deixa eu curtir meu grudinho.rs. Durante o dia ele dorme tranquilamente no berço, na rede, no carrinho, etc. O compartilhamento da cama é só a noite mesmo.

E pesquisando  achei muito mais vantagens do que desvantagens em relação a cama compartilhada e tirei definitivamente o pré conceito  e a ideia que eu tinha firmada na cabeça antes de ser mãe.

Então vamos as vantagens para os pais e para as crianças,

- Favorece o repouso - não ter que se levantar da cama para pegar o bebê no berço colabora para o repouso da mãe, já que não precisa se levantar nem estar totalmente despera para amamentar.
- Facilita o monitoramento do bebê – qual é a mãe que não se levanta à noite para ver se o filho está bem, com frio, febre, ou mesmo se está respirando? Ter a criança ao lado evita o esforço durante a madrugada.
- Favorece a proteção em situações de perigo - estando ao lado da criança, os pais podem salvar os filhos em casos de emergência como incêndio, algum ataque por parte de um animal da família, de um assalto na residência, ou mesmo de uma queda mais grave da cama. Além disso, reduz as possibilidades da criança sofrer abuso sexual.
- Fortalece os laços familiares – o fato dos pais estarem próximos e disponíveis para a criança de noite faz com que a ela crie um profundo e seguro elo afetivo com a família, inclusive com irmãos. Crianças que dormem juntas promovem um relacionamento baseado na confiança e se tornam menos rivais durante o dia. Além disso, pais que passam o dia longe podem compensar parte dessa ausência, reestabelecendo vínculos emocionais importantes com os filhos.
- Reduz o estresse da família – um bebê chorando à noite é irritante em qualquer situação. Pais que passam a noite estressados podem, inclusive, se tornar mais agressivos durante o dia. Um mal que pode prejudicar o próprio bebê, os outros filhos, a vida social e o trabalho.
Tende a ser mais segura e independente – crianças que dormem com os pais desde  bebês se mostram, ao crescer, mais corajosas e aventureiras que as que foram acostumadas a dormir sozinhas. A explicação é que a sensação de segurança ao dormir com os pais se reflete no comportamento da criança no momento atual e no futuro. Já as que ficam sozinhas sentem medo constantemente, que, por sua vez, também traz consequências à sua personalidade.
Reduz o estresse – O contato entre mãe e bebê promove a liberação de ocitocina, conhecido como “o hormônio do amor” e causa sensação de bem-estar, além ampliar as ligações afetivas. A ocitocina também reduz os índices de cortisol, o “hormônio do estresse”.
- Evita ou reduz as consequências do reflexo de moro – O reflexo de moro é uma contração, comum em bebês pequenos, que faz com que braços e pernas tremam. Ele se assusta e, se estiver sozinho, acorda apavorado, gritando alto, com altos níveis de adrenalina circulando na corrente sanguínea. A sensação que o pequeno tem é de insegurança e de que é necessário estar sempre alerta. Ao contrário, bebês que dormem com os pais são imediatamente confortados quando passam por esse  problema e, muitas vezes, nem chegam a acordar.
Reduz os riscos de falhas respiratórias e de morte súbita – Pesquisas mostram que os batimentos cardíacos e o ritmo respiratório da mãe influenciam os sistemas biológicos do bebê, o que diminui os riscos do pequeno “se esquecer” de respirar. A proximidade da mãe com o filho também faz com que, mesmo dormindo, a mãe intuitivamente perceba quando o bebê para de respirar. Se, ao contrário, a criança dorme longe, ela não sentirá. O socorro rápido nessas situações é fundamental para o salvamento.
- Diminui as chances de sufocamento – Vômitos durante o sono, uma crise súbita de asma ou até o cordão do pijama que se enrole no pescoço, os riscos do bebê sufocar enquanto dorme são muito reduzidos se os pais estiverem próximos, porque a criança tem muito mais facilidade em acordar seus pais se estiver dormindo perto deles do que em outro quarto.
- Tende a ser um adulto melhor preparado para lidar com as tensões – em vez de lidar com medo, raiva e sentimento de abandono, a criança que sente a proteção e o carinho dos pais constantemente à noite, tende a se tornar um adolescente e um adulto mais confiante, com maior auto-estima e mais bem preparado para enfrentar os desafios da vida.
Eu concordei com tudo, mas acho que cada pai, cada mãe sabe o que é melhor para si e para seu filho, pra mim cama compartilhada está dando certo, mas pode ser que pra você não. O importante é ser feliz.

E o melhor de tudo é acordar e ver esse sorriso! ♥


4 comentários:

  1. História um pouco parecida com a minha. O meu dorme no berço ao lado da minha cama(mudei o berço dele para o meu quarto)mais quando ele acorda durante a noite coloco ele do meu lado na cama.
    E quando ele esta doente ele ja dorme comigo. kkkk
    Eu super concordo com você.
    xeroo

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  2. Me vi nesse início, antes de ser mãe eu gritava a plenos pulmões que lugar de criança era no cantinho dela!
    Daí que qd Arthur tinha 6 meses fomos viajar e ele dormiu na cama conosco, voltamos de viagem aí ele adoeceu, resultado: desde então dorme na cama comigo! Hoje ele está com 24 meses!!!

    Mãe é um ser que nasceu pra pagar a língua, certeza
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Bjoooos
    muitospedacinhosdemim.blogspot.com.br/

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  3. Aqui sempre critiquei também, até o dia que precisei fazer CC...
    Ainda não sou 100% adepta, mesmo porque o meu bebê já é grande e falta espaço na cama kkkk Mas sempre quando precisa ou quando está muito frio a gente não pensa duas vezes e coloca ele entre nós e é aquela delicia. Bebê grudado no pescoço, cheirinho de filho (O melhor do mundo) e amor transbordando.
    Quando está tudo bem eu prefiro deixá-lo na cama dele, até porque sou sonâmbula e tenho medo de acontecer uma crise com ele junto de nós.

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